Poucas visitas e alimentação por sonda: o pós-operatório de Bolsonaro

Apenas a entrada de familiares deve ser liberada nos próximos dias; ex-presidente não tem previsão de alta
Depois de realizar mais um procedimento cirúrgico na região abdominal, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve ficar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital DF Star, em Brasília, por pelo menos duas semanas. Segundo a equipe médica, as primeiras 48 horas do pós-operatório são decisivas.

Por este motivo, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) determinou que apenas familiares poderão visitar Bolsonaro neste período mais complexo.
Segundo o cardiologista do ex-presidente, Leandro Echenique, a recomendação é que Bolsonaro fale pouco e fique o maior tempo possível em repouso.
A indicação da equipe médica é para que Bolsonaro receba antibióticos de forma preventiva e faça sessões de fisioterapia para evitar que perca massa muscular ao longo do período de recuperação.
Por conta da obstrução intestinal, o ex-presidente está, desde a última sexta-feira (11), impedido de se alimentar, e segue um protocolo de nutrição por via venosa.
O médico-chefe da equipe cirúrgica que operou Bolsonaro, Cláudio Birolini, afirmou, em coletiva nesta segunda-feira (14), que a parede abdominal do ex-chefe do Executivo estava “bastante danificada”.
“Era um abdome hostil, múltiplas cirurgias prévias. Aderências causando um quadro de obstrução intestinal e uma parede abdominal bastante danificada em função da facada, das cirurgias prévias. Isso já antecipava que seria um procedimento bastante complexo e trabalhoso”, disse Birolini.
De acordo com o boletim médico divulgado no fim desta tarde, Bolsonaro está “com boa evolução clínica, mantendo-se acordado, orientado, sem dor, sangramentos ou outras intercorrências”.
O ex-presidente sentiu fortes dores abdominais na manhã da última sexta-feira, enquanto cumpria agenda em Santa Cruz, cidade do interior do Rio Grande do Norte. Ele foi encaminhado para um hospital em Natal de helicóptero, onde realizou os primeiros exames de imagem que mostraram a suboclusão intestinal.
No sábado (12), Bolsonaro foi transferido para Brasília, onde os médicos viram a necessidade de intervenção cirúrgica. A cirurgia foi realizada por mais de dez horas no domingo (13).
Fonte: CNN Brasil