Chefe do Exército do Irã ordena investigação sobre morte do presidente, diz agência
Acidente de helicóptero matou Ebrahim Raisi, o ministro das Relações Exteriores e outras autoridades
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã, Mohammad Bagheri, ordenou uma investigação sobre a causa do acidente de helicóptero que matou o presidente Ebrahim Raisi e o ministro das Relações Exteriores Hossein Amir-Abdollahian, disse a agência de notícias semioficial Tasnim.
Uma delegação de alto escalão, chefiada por um comandante militar e que inclui especialistas técnicos, irá ao local do acidente, ainda segundo a Tasnim.
O helicóptero que levava Raisi caiu em uma região montanhosa remota no noroeste do Irã no domingo (19), matando todas as nove pessoas a bordo.
Também estavam na aeronave:
- o governador da província do Azerbaijão Oriental, Malek Rahmati;
- o condutor da oração de sexta-feira de Tabriz, Imam Mohammad Ali Alehashem;
- comandante, copiloto, chefe de tripulação, chefe de segurança e outro guarda-costas;
De acordo com a Constituição do Irã, o primeiro vice-presidente assumirá os poderes e funções do presidente de maneira interina, após aprovação do Líder Supremo do país.
Após isto, uma eleição para escolher o novo líder será realizada em até 50 dias.
Quem era Ebrahim Raisi?
Nascido em 1960, o presidente Ebrahim Raisi começou sua carreira como promotor no início da década de 1980 e passou de procurador-geral de Teerã em 1994 para chefe de justiça do país em 2019.
Raisi assumiu o cargo de presidente em 19 de junho de 2021, depois de vencer uma eleição historicamente não competitiva.
Muitos iranianos se recusaram a participar de uma eleição amplamente vista como manipulada. Houve a adesão de 48,8% dos eleitores – menor número desde o estabelecimento da República Islâmica do Irã, em 1979.
O Departamento do Tesouro dos EUA sancionou Raisi em novembro de 2019, citando sua participação na “comissão da morte” de 1988 como promotor, e um relatório das Nações Unidas indicando que o judiciário do Irã aprovou a execução de pelo menos nove crianças entre 2018 e 2019.
Fonte: CNN