Prefeito é encontrado morto com tiro na cabeça em Itapitanga na Bahia

Polícia investiga causa da morte do político que era investigado pelo MPF

O prefeito Dernival Dias Ferreira (PSB) foi encontrado morto por volta das 5h30 desta quinta-feira (15) dentro de sua casa na cidade de Itapitanga, no sul da Bahia. De acordo com a delegacia da cidade Dernival tinha uma marca de tiro na cabeça. A polícia está desde o momento que o corpo foi encontrado no imóvel. Há suspeitas que o gestor tenha praticado suicídio.

No dia 11 de janeiro, a pedido do Ministério Público Federal (MPF) em Ilhéus (BA), a Justiça determinou o bloqueio de bens no valor de R$ 2.346.431,84 do prefeito e mais 36 envolvidos em desvios de recursos de Educação e Saúde.

As decisões referem-se a quatro ações do MPF, nas quais os acusados respondem por irregularidades, em 2007 e 2008, no uso de verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), Salário Educação, SUS (Sistema Único de Saúde), Programa Nacional de Alimentação Escolar(Pnae).

A operação identificou, através de interceptações telefônicas, a fraude/simulação de licitações, o fracionamento indevido do objeto licitado, a malversação de verbas públicas e o favorecimento ilegal a grupo de empresas “de fachada” e empresários que atuavam ilicitamente no município de Itapitanga, situado a 353 km de Salvador, e em outros municípios baianos.

Em uma das ações, Dernival e mais 15 envolvidos foram acusados de simular processos licitatórios, fracionar o objeto licitado, utilizar empresas “de fachada” e emitir notas fiscais fraudulentas para viabilizar esquema de desvio de recursos do Fundeb e do Salário Educação, em prejuízo ao erário.

Em outras duas ações, Dernival e mais vinte acusados tiveram seus bens bloqueados no valor de R$ 382.130,85, correspondente ao prejuízo em virtude do mal uso de recursos públicos provenientes do SUS. As verbas, repassadas pelo Fundo Nacional de Saúde, Programa de Saúde da Família e Farmácia Básica, nos anos de 2007 e 2008, deveriam custear a aquisição de medicamentos e materiais de uso hospitalar para uso em postos de saúde e hospital local, além de alimentos e materiais de limpeza para secretarias do município.

Fonte: iBahia

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