81% das ‘Emendas Pix’ não são rastreáveis, diz TCU a Dino

Isso ocorre, segundo a Corte de Contas, porque 69% das transferências foram feitas em contas genéricas

TCU (Tribunal de Contas da União) informou ao ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), que entre as transferências de ’Emendas Pix’, apenas cerca de 19% permitem rastrear o percurso do dinheiro desde o autor da emenda até o beneficiário final (fornecedor de bens e serviços), utilizando extratos bancários.

Isso ocorre, segundo a Corte de Contas, porque 69% das transferências foram feitas na modalidade Fundo a Fundo, que utiliza contas genéricas e inviabiliza a rastreabilidade até o beneficiário final por meio de extratos bancários.

Após essa nota, o ministro mandou a CGU (Controladoria-Geral da União) fazer uma auditoria, no prazo de 60 dias corridos, sobre a aplicação dos recursos liberados em emendas, em 2024, aos beneficiários que não cadastraram os respectivos Planos de Trabalho na Plataforma Transferegov.br.

Uma nota técnica do TCU registra o total de 644 planos não cadastrados, correspondentes a, aproximadamente, R$ 469 milhões.

O ministro disse ainda que existe a imprescindível apresentação de Planos de Trabalho de ‘Emendas Pix’, dos anos de 2020 a 2023, no dia 28 de março de 2025.

Em dezembro do ano passado, Dino liberou o pagamento de parte das emendas parlamentares indicadas por comissões permanentes da Câmara dos Deputados, mas manteve bloqueados R$ 4,2 bilhões referentes a 5.449 indicações feitas pelos colegiados.

Repasses às ONGs

Em janeiro deste ano, Dino determinou a suspensão imediata dos repasses às entidades que não fornecem transparência adequada ou não divulgam as informações sobre emendas.

Uma auditoria da CGU revelou que 50% das entidades avaliadas não fornecem informações adequadas, levando à decisão de suspender imediatamente os repasses a essas entidades e incluí-las em cadastros de impedimento. Outras entidades com informações incompletas foram intimadas a se adequarem, sob pena de suspensão.

Fonte: R7

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo