Ministério Público vai recorrer da absolvição de tenente envolvido no Caso Joel

Alexinaldo Santana Souza, tenente da Polícia Militar que comandava a operação que terminou com a morte da criança, foi absolvido nesta terça-feira (7)

O policial Alexinaldo Santana Souza, tenente da Polícia Militar que comandava a operação que terminou com a morte do menino Joel da Conceição de Castro, foi absolvido. A sentença foi anunciada nesta terça-feira (7) após dois dias de julgamento. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) vai recorrer da decisão.

“Vamos apresentar a petição de recurso, para que depois eles [defesa] possam apresentar as contraposições”, disse o promotor Ariomar José Figueiredo da Silva, que representou o MP-BA.

A decisão do júri gerou insatisfação de familiares da criança. O pai, que também se chama Joel, não conseguiu falar com a imprensa. “É a justiça brasileira. A vida continua”, disse emocionado. A mãe, Miriam Moreno da Conceição, afirmou que esperava a condenação dos dois envolvidos – apenas o ex-policial militar Eraldo Menezes de Souza foi condenado a 13 anos e quatro meses em regime fechado quando acabar o trânsito em julgado.

“Há esperança [da condenação dupla após recurso], mas a gente sai daqui com a sensação de dever cumprido, em parte, porque conseguimos a condenação do autor dos disparos”, disse Miriam após decisão do júri.

Por outro lado, o advogado de defesa de Alexinaldo Souza, Vivaldo Amaral, celebrou a decisão de júri. “Alexinaldo estava bem distante do local dos fatos. Quando ele tomou conhecimento, o menino Joel já tinha sido transferido para o hospital”, disse.

“A justiça foi feita porque vinculou apenas o autor do disparo à sanção penal. Eu entendo que o crime ali não foi querido pelo senhor Eraldo. Ao meu sentir, foi um homicídio culposo, sem intenção, sem dolo, mas o advogado de Eraldo irá posteriormente conversar com os senhores [imprensa”, completou Amaral.

Ao final do júri, a imprensa aguardou o advogado de Eraldo Menezes de Souza, Bruno Teixeira Bahia, na entrada do Fórum Ruy Barbosa, no entanto, a defesa do ex-policial não apareceu. O ex-policial não cumpre pena agora. Ele vai recorrer em liberdade e só será preso após acabar o trânsito em julgado – processo ainda vai passar pelo Tribunal de Justiça e pelo Superior Tribunal de Justiça. 

Fonte: Correio

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