Ministros bolsonaristas demonstram preocupação com comportamento de Bolsonaro

O comportamento errático do presidente Jair Bolsonaro em seus embates contra as instituições democráticas tem sido motivo de preocupação até entre ministro e auxiliares mais bolsonaristas, como é o caso do secretário-geral da Presidência, general da reserva Luiz Eduardo Ramos

Na segunda-feira da semana passada, 16, Bolsonaro alertou auxiliares próximos que entraria com um pedido de impeachment contra os ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Não satisfeito, Bolsonaro avisou aliados de que iria pessoalmente protocolar o pedido no Senado, o que alarmou alguns de seus conselheiros mais próximos. A medida em si já seria inédita em tempos recentes e extrema, alegaram, a fazê-lo desta forma aumentaria uma crise que já é enorme.

Na segunda, Ramos teve uma conversa com o ex-deputado e ex-secretário de Governo da gestão Temer, Carlos Marun (MDB), muito próximo do ex-presidente, sobre a tensão vigente.

Dela surgiram dois relatos, com o resultado igual: a sugestão para que Temer aconselhasse Bolsonaro para baixar o tom da crise. Para aliados do ex-presidente, a ideia foi um pedido de Ramos; para pessoas próximas do ministro, uma iniciativa de Marun, a quem Bolsonaro deu cargo de conselheiro de Itaipu até 2024, a partir da conversa.

Em outro episódio ocorrido na terça, 17, Ramos conversava políticos paulistas levados a seu gabinete com o deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP), vice-líder do governo no Congresso.

Num dado momento, os presentes comentaram um discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ramos relatou que o petista falava de Bolsa Família, medidas para recuperação da economia e combate à pandemia, enquanto Bolsonaro e os seus investiam sua energia na pauta do voto impresso e criticam o uso de máscaras.

Fonte: A Tarde

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